Em reação à crise econômica global, governo anuncia medidas para preservar mercado interno

10/10/2011 - 14h27

Internacional

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O governo brasileiro lançou hoje (10) uma ofensiva para reagir aos impactos da crise econômica internacional. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, anunciou que serão adotadas práticas para preservar as negociações envolvendo os produtos brasileiros no exterior. As autoridades se reunirão com os empresários para identificar as barreiras impostas por alguns países ao mercado nacional.

Inicialmente, a atenção do governo estará voltada para as áreas econômica e de promoção comercial nos setores de agronegócio e manufaturas. Patriota disse que o objetivo é “mapear as dificuldades” e buscar solução para elas.

A decisão ocorre no momento em que países da zona do euro (que reúne 17 nações do bloco da União Europeia), os Estados Unidos e a China adotam medidas protecionistas. Patriota lembrou ainda que de 104 contenciosos negociados no sistema de controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil aparece em 25 casos como demandante, 14 na condição de demandado e 65 como terceira parte interessada.

Na tentativa de fortalecer as negociações, envolvendo temas comerciais e econômicos, o Ministério das Relações Exteriores, a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) firmaram hoje um protocolo de intenções. A ideia é aperfeiçoar tecnicamente os negociadores no âmbito internacional.

Patriota disse que o objetivo é “preservar os avanços alcançados e olhar para novos horizontes”. Segundo ele, o momento atual faz com que o Brasil busque novos parceiros externos e internos, inclusive na sociedade civil. De acordo com o chanceler, é necessário pensar no “benefício de toda a sociedade brasileira”.

Principal parceiro comercial e também um dos maiores concorrentes do Brasil no mercado internacional, a China vai ser monitorada de perto pelos peritos brasileiros. Segundo Patriota, haverá uma força-tarefa na área de Assuntos Econômicos do Itamaraty, nas negociações comerciais. No total, serão adotadas 20 medidas, como estímulo para a realização de feiras e eventos no exterior oferecendo oportunidades no Brasil.

Também serão ampliados os números de negociadores brasileiros atuando em articulações internacionais, entre diplomatas e advogados. O chanceler lembrou que as medidas são uma reação à crise econômica internacional. “A crise lamentavelmente não chegou ao seu fim”, ressaltou ele.


Edição: Talita Cavalcante

Agência Brasil

Notícias

Câmara derruba taxação de transmissão por herança de previdência privada

Derrota dos estados Câmara derruba taxação de transmissão por herança de previdência privada 30 de outubro de 2024, 21h22 A rejeição do Congresso Nacional em dispor no texto da lei sobre a incidência do ITCMD nos planos de VGBL é um bom indicativo de que a pretensão dos estados não deve ser...

Consequências da venda de lote desprovido de registro

Opinião Consequências da venda de lote desprovido de registro Gleydson K. L. Oliveira 28 de outubro de 2024, 9h24 Neste contexto, o Superior Tribunal de Justiça tem posição pacífica de que o contrato de compromisso de compra e venda de imóvel loteado sem o devido registro do loteamento é nulo de...